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Vendas de vinhos finos brasileiros já superam 2019

As vinícolas gaúchas venderam 1.138.456 litros de vinhos finos a menos em agosto se comparado a julho, melhor mês do ano com uma performance de 3.830.598 litros. Mesmo assim, os oito meses deste ano já ultrapassam todas as vendas do ano passado. São mais de 17 milhões de litros só de vinhos finos, 67,71% mais que no mesmo período do ano passado.

Outro dado positivo que merece destaque é o crescimento nas vendas de espumantes brut, que mais que dobraram o volume dos 30 dias anteriores, passando de 579.935 litros para 1.179.317 litros. Os moscatéis também registraram um aumento de 73%, chegando a 743.531 litros. No caso do suco de uva concentrado os 1.486.279 litros comercializados em julho foram para 1.992.861 litros em agosto, tendo um incremento de 34%. Porém, o volume global é 30% menor que no ano anterior. Os dados são da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).

Com este panorama é possível observar que com a chegada da primavera e aproximação do final de ano a procura por espumantes ganha espaço nos canais de venda, que já se preparam para o período do verão. Por outro lado, a expectativa do setor de seguir em ritmo acelerado com os vinhos finos não se concretizou. Apesar de agosto ser considerado um dos principais meses do ano para este tipo de produto, a queda em relação a julho provavelmente esteja associada ao fato de o mercado estar bem abastecido com vinhos nacionais. “Esperamos que o consumidor brasileiro siga experimentando nossos vinhos e fazendo grandes descobertas. Com a abertura dos restaurantes, mesmo que com parte da capacidade, não esperávamos esta redução, que também pode estar associada ao aumento dos espumantes”, destaca o presidente da Uvibra, Deunir Argenta.

Ainda é cedo para ter certeza se estes produtos estão chegando na mesa do consumidor ou se ainda aguardam por ele nas gôndolas. Vantagens diante das variações do câmbio, maior acessibilidade e distribuição, qualidade e bom preço, além dos novos hábitos gerados em função da pandemia da Covid-19, que tem levado as pessoas a consumirem mais vinho em casa, têm contribuído para a recuperação do setor. Outro fator que deverá incrementar as vendas é a retomada do turismo seguro. “O enoturismo perdeu muito com o Coronavírus, principalmente as pequenas vinícolas, que começam a ganhar fôlego com o turismo de proximidade. Esperamos que até a vindima, de janeiro a março, a pandemia tenha passado e o turismo interno se fortaleça, movimentando todo trade turístico”, conclui Deunir Argenta.

27% DO ESPUMANTE CONSUMIDO NO BRASIL É IMPORTADO

Se o espumante brasileiro é unanimidade no mercado interno e vem ganhando cada vez mais a atenção no mundo inteiro, então porque 27% de todo espumante vendido de janeiro a agosto deste ano é importado? Isto significa que das 13,1 milhões de garrafas, 3,5 milhões são importadas. Em relação aos vinhos tranquilos esta proporção é mais que invertida. Dos 98,7 milhões de litros que circulam no mercado, somente 17 milhões são de vinhos brasileiros, ou seja, 17,3%. “Ao avaliar estes dados é possível perceber que mesmo com o bom desempenho deste ano, estamos apenas equiparando as perdas, alcançando os mesmos resultados de 2016”, analisa Argenta.

Meu nome é Juliana Palma, mas sou mais conhecida simplesmente como Ju Palma. Tenho 28 anos e moro em Porto Alegre. Sou uma jornalista especializada em marketing e uma apaixonada por comer, beber e viajar. E é sobre isso que escrevo há seis anos. Nesse meio tempo, ainda me formei sommelière profissional de vinhos. Se quiser falar comigo, é só enviar um e-mail para jupalma@jupalma.com.br

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