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Passeio de um dia pelo Salar de Uyuni, na Bolívia

Com pouco mais de 10 mil quilômetros quadrados de extensão e a 3,6 mil metros de altitude, o Salar de Uyuni é um dos destinos turísticos mais conhecidos da Bolívia. Uma imensidão branca que impressiona logo à primeira vista.

A cidade de Uyuni, onde o Salar está localizado, é pequena e abriga hotéis e turistas em sua maioria. Quando caminhar pela avenida principal, prepare-se para ser abordado por funcionários das dezenas de agências localizadas uma ao lado da outra. A intenção é oferecer o passeio por este que é considerado o maior deserto de sal do mundo. Se você ainda não estiver com o tour comprado, é a hora de pesquisar e pechinchar preços.

Há diferentes tipos de pacotes, que podem durar um dia ou até mesmo quatro com destino final em San Pedro de Atacama, no Chile – também é possível fazer o trajeto contrário. Como tinha pouco tempo, fiz o tour de um dia, que para mim já estava de bom tamanho.

A travessia é feita em carros tracionados e que acomodam de quatro a seis pessoas. Torça para ficar em um bom grupo, com pessoas bacanas – é isso que vai garantir um passeio divertido. No meu caso, meus parceiros de passeio foram dois californianos muito queridos, o que rendeu boas risadas e muita cultura compartilhada. Não esqueça de levar óculos de sol, protetor solar e garrafa de água. São itens importantíssimos para atravessar um deserto branco.

O roteiro começa no Cemitério de Trens, local em meio a uma planície desértica com locomotivas velhas e enferrujadas, que costumavam cruzar ferrovias desativadas há cerca de cem anos.

Antes de atravessarmos o Salar, passamos ainda por uma fábrica de sal de cozinha e outra de tijolos de sal, atividades que garantem o sustento dos moradores.

A história que nos contam do Salar é de que ele data da época da formação dos continentes, quando uma enorme porção de água salgada ficou presa entre as montanhas, evaporando com o tempo. Como todo grande mar ou lago, há diversas ilhas por lá, e uma delas é a principal atração do passeio: Isla Incahuasi, cujo nome significa Casa dos Incas.

Com uma infinidade de cactos que podem alcançar até 10 metros de altura, o cenário é deslumbrante. Logo na entrada, o guia o libera para percorrer o caminho, subir até o topo da ilha e descer novamente, o que dá cerca de 40 minutos de caminhada tranquila, desbravando cada canto do lugar. Isso sem falar na vista incrível para todo o deserto.

Na volta, paramos no meio do nada para fazer fotos em perspectiva, um clássico do Salar de Uyuni, e assistir ao pôr do sol, um espetáculo imperdível.

COMO CHEGAR

Saindo de La Paz, é possível chegar a Uyuni de ônibus e de avião. Há vários tipos de ônibus, mas o mais comum é o que parte às 20h e chega lá às 6h – sim, 10 horas de viagem para um trajeto de 500km. Dizem que a estrada é cheia de altos e baixos e que muitas vezes é bloqueada por mineiros em protesto. Os valores por trecho podem ir de 12 a 30 dólares, mas fiquei com medo em função de alguns relatos que li e preferi ir de avião, em uma viagem que dura 45 minutos. Fui pela Amaszonas, a principal companhia aérea da Bolívia, gastando cerca de 190 dólares.

ONDE SE HOSPEDAR

Neste link você encontra diversos hotéis para reservar em Uyuni. Eu me hospedei no Casa de Sal – Salt Hotel, que tem todas as paredes feitas de sal, uma experiência à parte.

DICAS SOBRE O TOUR

Fechei meu passeio com a agência Red Planet Expedition por 70 dólares. Depois de ler um milhão de comentários diferentes sobre o passeio na internet, preferi pagar um pouco mais caro para garantir que tudo corresse bem. O tour inclui um almoço bem caseiro e local servido na entrada do Salar, tudo com muito carinho e cuidado. A única coisa que não está inclusa é o ingresso para a Isla Incahuasi, que custa 30 bolivianos (um pouco menos de 15 reais).

DICAS DA JU
  1. Leve óculos de sol, protetor solar e um chapéu ou lenço. O brilho do sol por lá é intenso e pode deixar a pele vermelha rapidamente.
  2. No verão, roupas leves. No inverno, use roupas leves por baixo dos casacos. Durante o dia pode fazer calor, mas a noite será muito fria.
  3. Leve lanches extras caso bata a fome e uma ou duas garrafinhas de água para se hidratar durante o tour. Afinal, deserto dá sede.
  4. Um tênis confortável é importante para as caminhadas, principalmente as da Isla Incahuasi, cujo terreno é cheio de pedras.
  5. Não esqueça do dinheiro para a entrada na ilha, são 30 bolivianos.
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Meu nome é Juliana Palma, mas sou mais conhecida simplesmente como Ju Palma. Tenho 28 anos e moro em Porto Alegre. Sou uma jornalista especializada em marketing e uma apaixonada por comer, beber e viajar. E é sobre isso que escrevo há seis anos. Nesse meio tempo, ainda me formei sommelière profissional de vinhos. Se quiser falar comigo, é só enviar um e-mail para jupalma@jupalma.com.br

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