América do Sul,  Para viajar

O passeio pelo Vale Sagrado dos Incas

Depois de muitos cálculos e pesquisas para conseguir combinar o passeio ao Vale Sagrado dos Incas com a subida a Machu Picchu no dia seguinte, cheguei a um roteiro ideal. Pelo menos para mim.

O Vale Sagrado engloba Cusco e várias outras cidades e povoados, além de incríveis sítios arqueológicos que valem a pena serem visitados. Os Incas escolheram a região principalmente para desenvolver sua agricultura em função das qualidades climáticas e geográficas de lá – vales férteis com rios que cruzam suas terras, sendo que o mais importante deles é o Urubamba.

O TOUR

Fechei o passeio de um dia (das 9h às 18h) com a NC Travel Cusco por 45 dólares. O roteiro inclui as passagens por Pisaq, Ollantaytambo e Chinchero, com pausa para o almoço em Urubamba, tudo com um guia bilíngue. A única diferença é que combinei com a agência que terminaria o passeio em Ollantaytambo para pegar o trem em direção a Aguas Calientes, base para Machu Picchu. A maioria das pessoas faz isso, mas a van retorna para Cusco no fim do dia, depois da passagem por Chinchero.

As paisagens são belíssimas, e é surpreendente como o trabalho dos Incas segue preservado em várias ruínas. É um passeio incrível para incluir no roteiro.

PISAQ

Pisaq é um povoado localizado a pouco mais de 30km da cidade de Cusco e conta com um dos sítios arqueológicos mais importantes da região. Logo que chegamos com a van, paramos para conhecer uma das fábricas de joias de prata, muito estimadas por lá, e a feira de artesanato local.

Em seguida, subimos mais um pouco rumo às ruínas, onde a vista para o vale é fantástica. Pisaq foi um importante centro militar, político e administrativo na época Inca. Além de todas as ruínas que compõem a antiga cidade, a visão mais impressionante é a das terraças – o nome dado para os degraus gigantes construídos pelos Incas para desenvolver sua agricultura. As terraças funcionavam também como laboratório de pesquisas, afinal, apesar de plantar a mesma espécie no primeiro e no último degrau, as diferenças climáticas faziam com que nascessem plantas completamente diferentes uma da outra, considerando cores e sabores, por exemplo. Esse é uma das origens da diversidade de ingredientes peruanos, como batatas (são mais de 3 mil espécies) e milho, por exemplo.

OLLANTAYTAMBO

Antes de chegarmos em Ollantaytambo, passamos de van pelos povoados de Coya, Calca e Yucay, também importantes localidades do Vale Sagrado. Mas não mais que meu destino final antes de embarcar para Aguas Calientes.

Se você fizer como eu, apesar de estar ansioso para ir a Machu Picchu, não encare Ollantaytambo como apenas mais uma parada até lá. O sítio arqueológico dessa cidade é surpreendente, com ruínas imponentes, formado por residências, templos e depósitos, além de outras áreas ainda não identificadas. O que o guia nos conta é que a cidade ainda estava inacabada na época da chegada dos espanhóis ao Peru.

O mais impressionante são as pedras enormes, inclusive formadas por materiais encontrados em uma região que fica do outro lado das montanhas. Percebe-se um esforço enorme de engenharia e arquitetura que nem conseguimos imaginar ser possível no período em que os Incas viveram.

Quem estiver acostumado à altitude ou quiser se arriscar, pode seguir o passeio na companhia do guia subindo as terraças até o topo das ruínas. A subida é íngrime e cansativa, mas a vista compensa.

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DICAS DA JU
  1. Tente fazer o passeio ao Vale Sagrado antes de conhecer Machu Picchu. A quebra de expectativa pode ser grande, afinal as ruínas de Machu Picchu são indescritíveis.
  2. Para entrar nos sítios arqueológicos do Vale Sagrado é preciso portar o Boleto Turístico, que pode ser comprado na avenida principal de Cusco. Ele dá acesso a diferentes atrações. São duas opções: o Boleto Geral custa 130 soles e dá acesso a todas as atrações do Vale Sagrado, válido por 10 dias; já o Boleto Parcial inclui quatro atrações do Vale Sagrado, como Pisaq, Ollantaytambo, Chinchero e Moray, vale por dois dias e custa 70 soles. Como só tive tempo para conhecer uma parte do Vale Sagrado, usei só o parcial.
  3. Se sua parada final for em Ollantaytambo para pegar o trem a Machu Picchu, avise a agência com antecedência.
  4. Use roupas leves em função do calor durante o dia, mas tenha sempre um casaco em mãos: o topo de Ollantaytambo, por exemplo, pode ser bem frio em função do vento, principalmente no inverno.
  5. A estação de trem de Ollantaytambo fica a 10 minutos a pé do sítio arqueológico, então fique ligado no horário.
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Meu nome é Juliana Palma, mas sou mais conhecida simplesmente como Ju Palma. Tenho 28 anos e moro em Porto Alegre. Sou uma jornalista especializada em marketing e uma apaixonada por comer, beber e viajar. E é sobre isso que escrevo há seis anos. Nesse meio tempo, ainda me formei sommelière profissional de vinhos. Se quiser falar comigo, é só enviar um e-mail para jupalma@jupalma.com.br

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